em toda casa um cômodo que acanha
uma criança medonha uma doença da fragilidade
roída para debaixo de nossas alas
em todo quarto o armário sonâmbulo que extravia
a porta a abrir uma porta a fechar
sentados os invictos da masmorra mastigam
a carne assada de um nobre porco silvestre
balbuciando nas faces um desdém interdito
e livre
uma sincera fuga por dentro do garfo
a criança acolhida em suas tranças
que logo serão tolhidas
sabe de todos os jogos e malícias e atua muito bem
por fora de seu espantalho
seu corpo temido e venéreo seu corpo acobertado
com tralhas e bonecas e palavras que não combinavam
com aquele olhar da mãe aquele olhar salubre da família
e só assim eu tento o lastro jubiloso
olhando pelo negativo das caras
aquele meio-fio negro e branco
aquela caricatura de bolhas
ameaçadas dentro das minhas axilas
aquele código que circula
na voz da horrível vida
do sangue
uma criança medonha uma doença da fragilidade
roída para debaixo de nossas alas
em todo quarto o armário sonâmbulo que extravia
a porta a abrir uma porta a fechar
sentados os invictos da masmorra mastigam
a carne assada de um nobre porco silvestre
balbuciando nas faces um desdém interdito
e livre
uma sincera fuga por dentro do garfo
a criança acolhida em suas tranças
que logo serão tolhidas
sabe de todos os jogos e malícias e atua muito bem
por fora de seu espantalho
seu corpo temido e venéreo seu corpo acobertado
com tralhas e bonecas e palavras que não combinavam
com aquele olhar da mãe aquele olhar salubre da família
e só assim eu tento o lastro jubiloso
olhando pelo negativo das caras
aquele meio-fio negro e branco
aquela caricatura de bolhas
ameaçadas dentro das minhas axilas
aquele código que circula
na voz da horrível vida
do sangue
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