sim, eu estou torcendo muito, estou ofegante, quero que o curso vire!
pela 3a vez monto este programa de ASTROLOGIA E LITERATURA. a primeira foi nos idos de 2009, quando no extinto e eterno Espaço Maranus, fui acompanhada, em noites de terças, por Lili, Eliane, Lucas, Feso e Renata. Também conheci algumas pessoas novas, que apareciam, na surpresa. Quase não havia lousa, havia cervejas, e as imagens e sons circulavam ora pelo chão, pelo sofá, de mão em mão, até que a hora acabasse. assim, iniciante, delirante, experimentando-se. nesta vez, chegamos até Leão. e em Leão ficamos.
na 2a vez, foi em Ribeirão Preto, no Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), e foi durante o ano passado inteirinho, 2012 repleto. telão, microfone, ar-condicionado, poltronas-fofas, escurinho, sequencia de um sonho. a coisa se organizou, o curso engrossou, ferveu, ebuliu, se fez. incrível. pessoas variadas atentíssimas, leitoras, ali, inteiras. (deixo um beijo carinhoso pra Maria Luísa e pra Piu que lá estiveram, faça chuva poeira ou tempestade de rachar). fechamos o ciclo, acabei com Peixes e Breton, e a última pitada de sal grosso, foi deixar que as palavras derradeiras fossem do Uivo, do Ginsberg. assim fechei, assim reinicio. o ciclo.
agora volto, pela 3a vez, neste ano 13, para Sampa com o curso. DELICIOSAMENTE SATISFEITA, PROVEITOSA, UNGIDA eu diria. sim, está na ponta da língua o eflúvio a deixa de dizer a coisa toda a vontade de conversa a troca rica. o curso é pé-de-manga suculenta, agora. cai na tua boca. é só morder. mudei alguns autores, cavei mais fundo as poças. deixei que o instigante sempre prevaleça, pois é assim que a vida gosta de seguir conhecendo, lendo, querendo. e venho no espaço MUNDO MUNDANO, sob os cuidados auspiciosos de Camila e Tânia, duas garotas que sabem segurar a peteca, porque não é mole manter de pé espaço cultural intimista e dedicado aqui em sampa. os jacarés são sempre grandes. toda delicadeza precisa de uma força astral louca. e elas estão segurando, organizando shows, peças, saraus, cafés e etc. parabéns, meninas. e avante!
estou torcendo, muito, muitíssimo, pra virar. a gente sabe, a cidade gira rápida, difícil comprometer-se assim tão cedo, saber se vou ou não vou. mas pro curso virar há que haver, ao menos, 7 pessoas inscritas, por encontro. então te digo, e te peço, se queres vir, e eu te juro que será mesmo tão-bom, venha, diga lá no espaço MUNDO MUNDANO que virás, chame alguém que te acompanhe, não deixe de vir. experimente.
A fera na selva traz, no seu próprio texto, aquela respiração rápida e afoita do tom ariano, um desejo de ir, de se mover, de encontrar a grande hora, a grande vida, o enorme acontecimento, a aventura real. O personagem principal experiencia este desejo bruto, só que pela negativa, pelo avesso. Ele se prostra, diante de tanto querer, de tanto esperar. É um ariano pelo avesso, alquebrado. Quer encontrar a fera na selva, quer a sua hora vitoriosa, heróica, pulsante. Mas, desprovido da ação, perde o abrupto do real, perde o seu golpe de momento. Desaventura-se. É um texto incrível para lermos as forças simbólicas do signo de Áries pela invertida. Lembro que Henry James era ariano, mas com ascendente em Virgem, o que proporciona uma certa barreira mental que barra a 'ação desempedida' que lhe prometia seu sol ariano.
a navegação é por aí. e muita coisa ainda vem. Hilda Hilst com TOURO. Fernando Pessoa com GEMEOS. Kafka com CANCER... a junção entre ASTROLOGIA E LITERATURA é de uma movência poderosa, abre e dilata diversas veias de leitura, acende caminhos, ilumina teias. só soma. sem prejuízos, sem preconceitos. só fusão de linguagens, desdobramentos de uma coisa noutra e noutra e noutra. essa grande arca de linguagens, a arte. e mais...
te convido. vem! vem comigo, abrir este céu, através de palavras!
