percebe-se rápido que se vai
sumindo
pessoas mesmo os telefones antes
percebe-se que aos poucos
aquela causa antiga de sumir
se remexe e tranveste e
ninguém é dono de uma ação
sequer
o som diminui, quem procurou
saber de ti, as cabeças giram
naturalmente
para outro lado
é o fosco das saídas
o que mais pode
impressionar o dia
o telefone que tocava
haveria compromissos para a próxima
década?
uma subida íngreme para o desamparo
tema tão ocular tão cotidiano tão chato
o telefone - ninguém
e é assim, constrói-se os cumes de gelo
aterra-se toda a água quente em
que corpos, se nus, se banhariam
agora
a camereta desta conquista
perder-se, perdida
sem ninguém
e
sem sentido
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