20081007

Os Anéis

saúdo mansa a cal toque oceânico
na noite deixo correr em mim o líquido ágil
sentada, preparo-me para mais outra batalha
os músculos dos olhos retomam seu alongamento solto
é como se brincasse com espumas
sinto a pele eriçada pela serpente que se enovela
nos pés da água
há o sol fecundando a noite
a memória da prata refletida
no espelho horizontal
o corpo é pintado delicadamente
na revoada do silêncio os anos espiam
a preparação da palavra
no punho o cetro
e o sereno caminho para o outro




Um comentário:

Mauro Jorge disse...

Breve aqui um diálogo:

http://elizabethmydear.wordpress.com/2009/01/27/a-sair-neste-blog-ensaios-sobre-a-poesia-erotica-contemporanea/

abraço
Mauro