20080925

carnalidade, pênsil

aonde vou caminha
um mármore de sondas
obscuros canais
ligas

pousam atmosféricos
na bacia de meu tórax
e pintam a minha luz
com uma delicadeza leoparda

assim se mostram
involuntários dissensos
como um vidro
entre mim e o pardo

mas cavucam e num primeiro sono
o gato se levanta de sua estátua
e faz sombras andaluzas
na arcada de minha pestana
que convida

o pimenteiro de meu sexo
borbulha o homem que toca

para que o sangue
o sangue continue
batizando

- como um crime de pureza
as bocas as colinas as favas
devagar





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