era dela o dia
o nosso abraço a virar espiral
as lanças de hera gotejando
açucares e libélulas e pimentas
ascendentes
como a seta no horizonte
esquerdo
era dela a linha
escrita declinada nas páginas
da sublimação
minhas foram depois
o que no princípio era
o amor
dado com carta burilada
em mesuras, com diâmetros
e virgulas a estiletes
nosso era o osso
pélvico
que muitas vezes rasgava
roxo o tronco remexido
da outra
(gineta monógina)
nosso era o fosso
de uma asa sem meta
pura estripulia de gigantes
ardilosos
nosso era o aço
mas dela era o dia
dela era a linha
minha uma pá-
gina uma
aporia
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