reúno o pruído
uma investigação
melódica, alheada
verde carpir nesta varanda
malho da pata dos animais
súbita piedade mais acolhida
não em mim
o método de contar
sílaba a sílaba
até os infortúnios
antes, a bolha plástica
de fluour rosa e o som
descontrolado das crianças
moça bonita do meu coração
cidade
vasculhas do acaso
(cuias)
tempo a espionar
colher
e esquecer
sem esforço
qualquer palavra
acabou
gemidos aguados
novamente palmas
repetições, incansável
apeio, roda de desmaios
não pode estar mais
do que aqui
esticada sobre o lume
sobre o sono taquicárdio
nos restos vivos do corpo
estar com ouvidos
apenas distendidos
sem malabarismos
ou medo de tombar
pelo crasso de uma nota
tudo muito entregue
se disse
ofertado
sem qualquer lei
ou missão
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