20121101

olissapona olissipo ulisseia lisboa, dia 1


dia 1, exaustíssima e feliz
descer no fim da madrugada
acordar o chão junto com o descer
da madrugada
agora ainda
sem folego para um breviário prolongado,
mas digo: o dia
pastelaria camões café preto pastel de nata
e pegamos o tal onibus turistico tão cedo quanto o sono
e enquanto leito não tínhamos, era a cidade quem
amanhecia...
baixa, rodopio, até lá, lááá onde se dobra, jardim de espanha
e belém, tejo tejíssimo, suspirante, com regatas
muito vento e luz amarela nos cabelos
aos poucos, a chuva vinha ralinha
vento e sol, digo até calor
depois Martinho, carne crua com café & bacalhau
e um vinho
a sequencia é sonho, uma pensão no bairro alto
e o telefone que toca para dentro da tarde
em que dormíamos, a érica
a érica está aqui, descemos, de algum canto
dormimos? até aquele lugar onde voa a bicicleta alada
livraria ler devagar onde gastar euros com poemas
e depois num banco de pedra, de volta ao centro
jantar no Chiado, no Fábulas
e enfim andarilhar a noite até o fim
a alcançar um ponto mágico e escondido
um bar chamado ASSOCIAÇÃO LOUCOS E SONHADORES
onde beber a última imperial
e enfim retornar
...

abro a janela do quarto do hotel
abro a janela do quarto do hotel
está quente e é novembro
e meu vizinho toca ao vivo
no piano
uma serenata doce
e tão doce
que eu estou aqui
























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