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"São Paulo Surrealista" comemora o aniversário da cidade no museu

O Teatro do Incêndio apresenta no dia 25 de janeiro seu espetáculo “São Paulo Surrealista”, concebido pelos atores da Cia. com direção de Marcelo Marcus Fonseca,clique aqui e saiba mais!

O projeto, contemplado pela 18° edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, traz a público o resultado de sua primeira fase de pesquisa, uma ode à cidade e seus personagens, confrontando em um jogo de imagens sobrepostas as contradições e fantasias da metrópole.

A apresentação,com entrada gratuita, celebrará, no próximo dia 25 de janeiro, o Anversário da Cidade de São Paulo no Museu da Língua Portuguesa.

Mario de Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos, ninfas e animais recebem o criador do surrealismo, André Breton, para um mergulho na capital paulista, batizando Breton no Candomblé e percorrendo “os nove círculos do inferno” de Dante Alighieri através dos pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e bordéis paulistanos.

Todas as canções foram compostas especialmente para o espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire. É um espetáculo que interage permanentemente com o público, questionando a existência pela natureza histórica, política, sensual e caleidoscópica de uma cidade anárquica num delicado equilíbrio de contrários.
Sinopse

Em um altar com um “grande tamanduá humano”, Alfred Jarry recebe os espectadores ao som de um mantra de Rimbaud entoado pelos atores. Da barriga do tamanduá surge o Rio Tietê, que leva a plateia até uma banca de jornal com notícias poéticas e caóticas da cidade. Baco, de férias, vem para São Paulo e invoca Mário de Andrade e Roberto Piva para um diálogo contra a homofobia. Baco, Apolo e Calíope geram “Orfeu da Consolação” que, com seu cavaquinho, recebe André Breton e Pagu na cidade de São Paulo para percorrem juntos os “nove círculos do inferno da cidade”, numa alusão à “Divina Comédia” de Dante Alighieri, passando pelos centros financeiros, culturais, marginais e encontrando personagens tanto do surrealismo quanto da metrópole.

Numa roda de samba, surge Salvador Dalí. Antonin Artaud vem ensinar para Breton quem é Nelson Rodrigues, numa referencia ao rompimento dos dois primeiros, reconciliados em São Paulo pelo espetáculo. Pagu conduz o autor francês até uma escola de samba que toca Villa Lobos. Com forte apelo visual e sensorial, sugerindo ideias, sentimentos e reflexões, o espetáculo procura traduzir para os espectadores o espírito do Surrealismo através da expressão do seu comportamento nas ruas e das suas relações com a cidade de São Paulo.

O TEATRO DO INCÊNDIO

A Companhia Teatro do Incêndio foi criada em 2000 pelo diretor Marcelo Marcus Fonseca, que anteriormente já havia realizado espetáculos como “Baal - O Mito da Carne”, de Bertolt Brecht, “O Balcão”, de Jean Genet, “A Filosofia na Alcova”, de Sade, entre outros. Com o espetáculo “Beatriz Cenci”, de Antonin Artaud, nasceram o nome e os parâmetros de sua pesquisa e linguagem. O grupo conta atualmente com a codireção da atriz Liz Reis e procura desenvolver um trabalho de pesquisa e experimentação, apoiado na dramaturgia de qualidade, na produção de espetáculos de reconhecida importância para o Teatro Brasileiro, contribuindo para a evolução do discernimento dos espectadores e de todos os envolvidos no processo de criação. Sempre buscando estabelecer um padrão de dramaturgia que, ao mesmo tempo, fuja das propostas simplesmente comerciais que visam o lucro e o sucesso, mas que também possibilite o acesso e o entendimento desse padrão para qualquer tipo de público.

Sua primeira montagem, “Os Cenci” de Antonin Artaud, rebatizado de “Beatriz Cenci”, realizada na sede da Funarte no ano de sua fundação, é até hoje a única tradução desta obra para o Português. Em seguida vieram os espetáculos “Anjos de Guarda”, de Zeno Wilde, “Odile”, de Marcelo Marcus Fonseca, “A Boa Alma de Setsuan”, de Bertolt Brecht, ”Todos os Homens Notáveis” de Marcelo Marcus Fonseca, “La Ronde” de Arthur Schnitzler, “Na Selva das Cidades”, de Bertolt Brecht, e "Joana d´Arc - A Virgem de Orleans", primeira tradução e montagem em língua portuguesa da obra de Freidrich Von Schiller.

"São Paulo Surrealista"
Quando: 25 de janeiro,15h
Local: Espaço Café,Museu da Língua Portuguesa
Entrada gratuita,capacidade para 100 pessoas
Ingressos retirados na hora do evento no local
Recomendado para maiores de 14 anos

Ficha Técnica
Texto: Cia. Teatro do Incêndio
Direção e dramaturgia: Marcelo Marcus Fonseca
Direção Musical: Wanderley Martins
Composições originais: Marcelo Marcus Fonseca e Wanderley Martins
Fotos: Bob Sousa
Iluminação: Rodrigo Alves
Atores
Liz Reis, Wanderley Martins, Marcelo Marcus Fonseca, João Sant’Ana, David Guimarães, Sergio

2 comentários:

fellini ? disse...

oi roberta. bacana esse bacanal do espirito inventivo. Parece que essa cia tb ira fazer a reabertura do Madame Satã em 02/2012. seja como for é um belo trafico de ideias.
Seu blog cheira a Piva & Hislt & Deleuzze & H.Bey.
abraços ?
Evoé!

Roberta Ferraz disse...

oi fellini?
ça va?
andas em busca do caderno rosa então?
não apareci no museu da língua no anviersário, era tudo cheio demais, imaginei. vc foi?
quero saber mais sobre o madame satã.
gracias pelo blog. hilda é o nervo lascivo da vida. em todo canto.
e me diga sobre H. Bey. não conhecia. procurei e achei algo sobre anarquia ontológica.
me diz
um beijo
roberta