amanhã
às 20hs
estarei no PLANETÁRIO DE SP / Ibirapuera (!)
descortinando fio de estrelas
ao lado do mago-poeta
Fernando Pessoa
e de amigos mais
estou em estado de febril graça
com isso que será prazer e vida
e deixo-me nesta noite
a contemplar o painel (abaixo) de Lima de Freitas
que lá vi, na estação do Rossio...
soberba leitura de Pessoa
e seu 'caminho da serpente'
que foi também um gesto de
abrigar
tudo e todos
nesta morada breve
que fita o céu
de um íntimo
e movente
abismo
salve o 2 de outubro de 2012!
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CONVITE
02 Out 20h00Parque do Ibirapuera - PLANETÁRIO
Diálogo performático sobre constelações entre o artista f.marquespentado, os astrônomos João Paulo Delicato e Walmir Cardoso e a poeta Roberta Ferraz
Confira o que os convidados pretendem explorar no evento:
João Paulo Delicato e Walmir Cardoso
“Em determinadas tradições se diz que o céu influencia as pessoas, mas acreditamos que ocorre justo o contrário: o céu é influenciado por nossa maneira de enxergar o mundo e de concebê-lo. Nós atribuímos os significados para as imagens que construímos socialmente, coletivamente. Seria, no mínimo, exercício de presunção imaginar que o significado concedido por nós a essas imagens são universais. A experiência e o contato com as mais diversas culturas do planeta mostram que a contemplação do Céu é uma experiência local e cheia de significados diferentes para quem observa. Resta-nos, portanto, admitir que olhar o céu a partir de uma única matriz cultural é um ato de empobrecimento da experiência do diverso, tão cara e importante como exercício da diversidade cultural que a paisagem celeste apresenta. Esse é o grande motivador dessa experiência sensorial e científica proposta pelo Planetário de São Paulo e pela Fundação Bienal.”
f.marquespenteado
“Anotações biográficas é a estratégia que vou me ater para comentar sobre algumas passagens que cientistas que me são caros exploraram e, com isso só fizeram por alargar em minha imaginação o entender, o pressentir o Cosmos. Entre outras conexões, uma reflexão de Rudolf Steiner e um manifesto de Konrad Lorenz serão estrelas fulgurantes desta fala animada por imagens. Constelações, a abóboda celeste, o refletir por entre os 360% que constituem a pluralidade que é o livre pensar são algumas das entradas que compõe esse encontro, essa noite afável, inconclusiva, que espera por ti. Eu divido esse trajeto com a fala da querida Roberta Ferraz, ela que apresenta um painel sobre a astrologia por entre a figura de Fernando Pessoa e a sua resplandecente criação, a que ilumina caminhos, incansável a cada leitura. Desde já boas noites e um até lá.”
roberta ferraz
Confira o que os convidados pretendem explorar no evento:
João Paulo Delicato e Walmir Cardoso
“Em determinadas tradições se diz que o céu influencia as pessoas, mas acreditamos que ocorre justo o contrário: o céu é influenciado por nossa maneira de enxergar o mundo e de concebê-lo. Nós atribuímos os significados para as imagens que construímos socialmente, coletivamente. Seria, no mínimo, exercício de presunção imaginar que o significado concedido por nós a essas imagens são universais. A experiência e o contato com as mais diversas culturas do planeta mostram que a contemplação do Céu é uma experiência local e cheia de significados diferentes para quem observa. Resta-nos, portanto, admitir que olhar o céu a partir de uma única matriz cultural é um ato de empobrecimento da experiência do diverso, tão cara e importante como exercício da diversidade cultural que a paisagem celeste apresenta. Esse é o grande motivador dessa experiência sensorial e científica proposta pelo Planetário de São Paulo e pela Fundação Bienal.”
f.marquespenteado
“Anotações biográficas é a estratégia que vou me ater para comentar sobre algumas passagens que cientistas que me são caros exploraram e, com isso só fizeram por alargar em minha imaginação o entender, o pressentir o Cosmos. Entre outras conexões, uma reflexão de Rudolf Steiner e um manifesto de Konrad Lorenz serão estrelas fulgurantes desta fala animada por imagens. Constelações, a abóboda celeste, o refletir por entre os 360% que constituem a pluralidade que é o livre pensar são algumas das entradas que compõe esse encontro, essa noite afável, inconclusiva, que espera por ti. Eu divido esse trajeto com a fala da querida Roberta Ferraz, ela que apresenta um painel sobre a astrologia por entre a figura de Fernando Pessoa e a sua resplandecente criação, a que ilumina caminhos, incansável a cada leitura. Desde já boas noites e um até lá.”
roberta ferraz
Nas órbitas de Pessoa - por Roberta Ferraz
Astrologia e literatura têm e tiveram, ao longo de suas vidas, fortes laços amorosos. A contemplação ativa do céu, abrindo nele um lençol metamórfico de histórias, as aproxima, as conjuga. Um dos poetas que sempre estiveram próximo desta atenta arte de observação dos astros foi Fernando Pessoa, que construiu em vida um imenso projeto de experimentação poética, no qual orbitavam elementos e interesses dos mais díspares, sendo um deles a astrologia. Muito mais do que compreensão advinhatória do destino humano, a astrologia muitas vezes pode ser alma e motor de suas criações. Não por acaso, o poeta deixou feitos, de próprio punho, os mapas astrais de seus heterônimos, dando àquelas vidas poéticas um registro astral que os aproximassem do humano, uma data de nascimento, ainda que fictícia.
Passearemos, nesta noite, por uma série de desenhos de mapas astrais, feitos pelo próprio Pessoa, e os conjugaremos com a leitura de trechos de seus poemas. Veremos então a formação de constelações desdobráveis, feitas da soma, sobreposição e imbricação destas duas linguagens: a poética e a astrológica. Arsenal de tempos, ritmos, qualidades, adjetivos, substâncias, as histórias do céu, contadas há milênios pela astrologia, se tornam, nas mãos do poeta, cantos compostos, jogo coral, gente em cena, mito renovado: poema.
Esse evento conta com a parceria cultural do Planetário de São Paulo - Ibirapuera.
Lotação: 280 pessoas
Distribuição de senhas no local 1h antes do evento
Entrada gratuita.
Informações: +55 11 5576.7600
contato@bienal.org.br
Astrologia e literatura têm e tiveram, ao longo de suas vidas, fortes laços amorosos. A contemplação ativa do céu, abrindo nele um lençol metamórfico de histórias, as aproxima, as conjuga. Um dos poetas que sempre estiveram próximo desta atenta arte de observação dos astros foi Fernando Pessoa, que construiu em vida um imenso projeto de experimentação poética, no qual orbitavam elementos e interesses dos mais díspares, sendo um deles a astrologia. Muito mais do que compreensão advinhatória do destino humano, a astrologia muitas vezes pode ser alma e motor de suas criações. Não por acaso, o poeta deixou feitos, de próprio punho, os mapas astrais de seus heterônimos, dando àquelas vidas poéticas um registro astral que os aproximassem do humano, uma data de nascimento, ainda que fictícia.
Passearemos, nesta noite, por uma série de desenhos de mapas astrais, feitos pelo próprio Pessoa, e os conjugaremos com a leitura de trechos de seus poemas. Veremos então a formação de constelações desdobráveis, feitas da soma, sobreposição e imbricação destas duas linguagens: a poética e a astrológica. Arsenal de tempos, ritmos, qualidades, adjetivos, substâncias, as histórias do céu, contadas há milênios pela astrologia, se tornam, nas mãos do poeta, cantos compostos, jogo coral, gente em cena, mito renovado: poema.
Esse evento conta com a parceria cultural do Planetário de São Paulo - Ibirapuera.
Lotação: 280 pessoas
Distribuição de senhas no local 1h antes do evento
Entrada gratuita.
Informações: +55 11 5576.7600
contato@bienal.org.br
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