não existe este dia de bucólica metrópole deitada no meio da tarde
enganada entre carniças e cirandas apenas exigindo o sangue
não deixe de esperar para rodar mais
outra vez toda a maquinaria julgada precisamente rota
a cabeça após indecisas garfadas de tudo que houvesse
gosto de nunca mais como
ontem algo que examinasse toda minúcia de uma falsa
indulgência sonoramente aos brados numa festa
ninguém ouve é só mais uma cena envenenada
ordinária ciosa e maltrapilha afundo o algodão embolorado
as suaves chacinas com gato ao colo obesa poltrona
obsessivamente verde enquanto
o cérebro nas hastes da roseira desiste de escorrer ainda
negro pelo nariz ou por lástimas invulneráveis
lástimas enfeitadas a confeitaria e grandes gestos
repetitivas para que a partir de ontem o dia sequer
exista
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