20120711
" E arrebitando o beiço do bubu / Ele fez com o cu - psiu! psiu!" _______ uma brevíssima seleção do genial livro que me caiu nas mãos, da plena bibioteca de Hilda!, "CANTÁRIDAS e outros poemas fesceninos", de Paulo Vellozo, Jayme Santos Neves e Guilherme Santos Neves, escritos em 1933!
HOMENAGEM
Leitor amigo, batuta!
nossa homenagem viril,
a ti, meu filho da puta
e à puta que te pariu!”
X
AI, PIMENTA MALAGUETA
Há quem goste de um grande sacanão,
Cara de bunda e boca de boceta
Que, sendo fresco, banca o garanhão
E tem nome de puta: Malagueta...
No dia em que o enrabei, a vez primeira,
Sem saber, acabei me arrependendo.
Antes fodesse com uma pimenteira!
Passei seis dias co’a bichoca ardendo!...
Só podia tragar o Malagueta,
Esse veado de cu de vulcão,
Se me socasse, um dia, uma punheta.
Ele, de médico, é só um arremedo;
Pra mim ele não é nem charlatão:
- É um cagalhão, c’uma esmeralda no dedo...
XI
MEU IRMÃO
Caralho aceso a farejar quiricas
Co’uma tesão de um milhão de velas,
Lamenta, apenas, não ter muitas picas,
Pra foder, de uma vez, a cem donzelas.
Outrora foi pudico (para os trouxas),
Pois, enquanto pensamos que dormisse,
Das criadas vivia a pôr nas coxas,
Por trás daquela falsa pudicície.
Nos cinemas, vivia a amolengar.
Coxas e seios de quem estivesse,
Por bruto peso, junto ao seu lugar.
É meu irmão o fancho Gabiru!
E posso garantir: se o pau lho desse,
Vivia a fornicar o próprio cu...
XII
O IRMÃO DELE
Resfolegando tesão fornicadeira
Por caralhal bicanca larga e tosca,
Tinha em criança uma só brincadeira:
Era pôr grilo para foder com mosca.
Viviam co’o oveiro pendurado
Tod’as galinhas lá do seu quintal;
E só dormia sono sossegado
Quando a madrinha lhe pegava ao pau.
Um dia ele sumiu! Onde estaria
- Perguntava a Maria, a procurar
Na rua, no areal, na padaria...
Por fim, cansada dessa busca incerta,
Quando a Maria resolveu mijar,
Caiu-lhe o Jaime da boceta aberta...
XIV
EMPATA-FODA ***
Redondo cu a palpitar fogoso,
Em meio a um bujão gordo e rosado,
Tinha um pêlo macio e bem sedoso,
Em volta ai caprichoso pragueado.
Tal o cu que um dia eu quis comer,
Arretado qual frade garanhão,
E co’o caralho duro e a tremer
De justificadíssima tesão.
Minha bichoca entrava docemente
Pela mucosa quente, deslizando,
Quando bate um caroço de repente!
Não posso me conter: ‘Paulo, que é isto’
E ele, ainda de gozo se babando:
‘Não se incomode, não, é o meu quisto’...
XLII
TINU CU’MERCIAL ***
Sagaz advogado sem dinheiro,
Que não levava a sério a profissão,
Pensou, e resolveu-se a ser bundeiro;
E pôs para render o seu bujão.
Fez fortuna no novo metiê
Embora fosse grossa a porcaria,
Pois s’engasgasse às vezes num buchê
De pratinhas de dois o bolso enchia.
E como ele era um moço inteligente
Pediu ao Lapisu, inda outro dia,
Que lhe fizesse um cu sobressalente.
E, de fato, era a única solução,
Pois lhe era tão grande a freguesia
Que um só cu não dava mais vazão...
LVIII
PREVISÕES
Já previa que a minha diarreia
Ia inspirar poetas imorais;
Não bastava ao meu cu essa odisseia
De nem ao menos pra peidar ter paz
O Gordo, co’a bicanca arreganhada,
Farejou-me no cu uma amebinha
E tal sarilho armou, em versalhada,
Que cuidei que o meu cu abaixo vinha.
Insultou o meu quisto tão pacato
E que serve ao meu rabo de viseira,
Para livrá-lo de algum desacato.
Com seus versos, o primo do seu Zuza,
Convenceu-me que a minha caganeira
Passou-se de meu cu para sua Musa...
LXXV
COMER UM CU
“Ora (direis) comer um cu! Por certo
Perdeste o gosto!” – E eu vos direi que não,
Pois pra comê-lo, muita vez desperto
E saco a piça, roxo de tesão...
E vou fodendo toda a noite, esperto,
O cu do Comissário Damião,
Enquanto o posto de polícia aberto
Se mantém, sob a minha direção.
Direis agora: “Putanheiro amigo!
Que prazer tiras dessa porca racha,
Que se desprega, à noite, lá contigo”
E eu vos direi: - “Fodei uma traseira!
Pois só quem come cu tem piça macha,
Capaz de fodinhar a vida inteira!”
LXXXVI
CANTATA
Pedi-lhe o cu. Negou-mo! Fez beicinho
Querendo se passar por cabaçudo.
Pedi para meter só um pouquinho
E o fresco Lapisu continuou mudo.
Insisti! – O sacana fez cu doce,
Não quis, ao menos, alisar-me o pau.
Quis beijar-lhe a pachacha. Ele esquivou-se,
Jurando não ser desses... ser vestal.
Perdendo o tino, amolenguei-lhe a bunda.
Esfreguei-lhe o caralho na regueira.
Soprei-lhe, às oiças, u’a proposta imunda!
E desabotoando a barriguilha
Encosteio-o a um canto da banheira
E fodi-lhe, entre os ovos e a virilha...
XCIV
LUTA LIVRE
Foi na Costa... Eu me lembro! Findo o banho,
Nós no quartinho, já sem os calções...
Ele alimpou-me, do caralho, o ranho
Gabou-me o torneado dos colhões...
Quando viu tesa a minha longarina
E a porra a borbulhar dentro do saco,
Pretextando calçar uma botina,
Ficou na posição – cata-cavaco.
Arretado fiquei ao ver-lhe o talho,
De ver também, por entre a pentelhada,
O olho do cu piscar pro meu caralho...
E o Bicanca, jogando o cu pra riba,
Antes qu’eu evitasse a rabanada,
Deu-me um canhão-vovô na burbutiba...
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selecionei estes sonetilhos acima pois foram os que mais me gargalharam! aqueles marcados co asteriscos *** foram os que encontrei marcados por Hilda... ai, como foi boa esta tarde!
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